Enfim
perdi a batalha surda contra a própria mudez.
Enfim a inoperância de meus
punhos
para esmurrar estes
labirintos de ferro,
para desnudar o universo.
Enfim, voltei... enfim não
sei mais!
Enfim me recolho com meus
únicos próprios braços,
esperando, no entanto, que
haja ainda alguma bondade
nestes pequenos fardos.
Enfim
acato a tristeza como uma rosa frágil que é minha...
Enfim não espero nada,
mas acredito em tudo aquilo
que não é passível de ser verdade.
Como sei agora,
posso embalar a verdade em
meu colo
até que ela acorde, e me
olhe.
Caso ela não fuja eu um dia
a verei crescer...
Como os carvalhos antigos
que arrebentavam o céu,
assim cresce a verdade em
meu pequeno bosque.
Copas silenciosas, em nuvens
vagarosas, em tardes apenas grenás.
Enfim,
perdi...
mas
chorei como quem vence. Então venci!
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