TERRA CRIOULA
Quando olho o alto firmamento,
A minh'alma é tomada de tormento
Evocando as epopeias já passadas;
Sinto que me invade a nostalgia,
Ao pensar que desta terra eu sou cria
E pra elevá-la eu não faço nada.
Ou melhor, eu muito batalho,
Mas como tantos, não passo de um frangalho
Que o silêncio desta terra enlaça.
Quero bradar, expandir a todo mundo,
Esse sentimento tão profundo,
Que sinto por nossa heróica raça.
Os jovens, que contam pouca idade,
São paridos nas grandes cidades,
No meio de outra cultura;
Enquanto que a saga Farroupilha,
Vai pouco a pouco tombando na coxilha
E sumindo-se em negra sepultura.
Mas mesmo assim a batalha subsiste,
E eu juro que em meu peito ainda existe
Um coração de onde brota este meu verso;
Que até a morte resistirá o açoite
Que enegrece o nativismo, como a noite,
Que lentamente absorve o universo.
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