O teu perfume, amada! -- em tuas cartas
Renasce, azul... -- são tuas mãos sentidas!
Relembro-as brancas, leves, fenecidas
Pendendo ao longo de corolas fartas.
Relembro-as, vou... nas terras percorridas
Torno a aspirá-lo, aqui e ali desperto
Paro; e tão perto sinto-te, tão perto
Como se nunca foram duas vidas.
Pranto, tão pouca dor! tanto quisera
Tanto rever-te, tanto!... e a primavera
Vem já tão próxima!...(Nunca te apartas
Primavera, dos sonhos e das preces!)
E no perfume preso em tuas cartas
Á primavera surges e esvaneces.
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