Como uma jovem rosa, a minha amada...
Morena, linda, esgalga, penumbrosa
Parece a flor colhida, ainda orvalhada
Ah, por que não a deixas intocada
Poera, tu que és pai, na misteriosa
Fragrância do seu ser, feito de cada
Coisa tão frágil que perfaz a rosa...
Mas ( diz-me a Voz ) por que deixá-la em haste
Agora que ela é rosa comovida
De ser tua vida o que buscaste
Tão dolorosamente pela vida?
Ela é rosa poeta... assim se chama...
Sente bem seu perfume... Ela te ama...
Rio, julho, 1963
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