domingo, 15 de janeiro de 2012

Poeta - Cruz e Souza - Livro Últimos Sonetos – Imortal Falerno


Quando as Esferas da Ilusão transponho
Vejo sempre tu'alma - essa galera
Feita das rosas brancas da Quimera,
Sempre a vagar no estranho mar do Sonho.

Nem aspecto nublado nem tristonho!
Sempre uma doce e constelada Esfera,
Sempre uma voz clamando: - espera, espera,
Lá do fundo de um céu sempre risonho.

Sempre uma voz dos Ermos, das Distâncias!
Sempre as longínquas, mágicas fragrâncias
De uma voz imortal, divina,pura...

E tua boca, Sonhador eterno,
Sempre sequiosa desse azul falerno
Da Esperança do céu que te procura!

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