sábado, 17 de março de 2012

Poeta - Cruz e Souza - Livro Últimos Sonetos – Benditas cadeias!



Quando vou pela Luz arrebatado,
Escravo dos mais puros sentimentos
Levo secretos estremecimentos
Como quem entra em mágico Noivado.
Cerca-me o mundo mais transfigurado
Nesses sutis e cândidos momentos...
Meus olhos, minha boca vão sedentos
De luz, todo o meu ser iluminado.
Fico feliz por me sentir escravo
De um Encanto maior entre os Encantos,
Livre, na culpa, do mais leve travo.
De ver minha alma com tais sonhos, tantos,
E que por fim me purifico e lavo
Na água do mais consolador dos prantos

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