segunda-feira, 11 de junho de 2012

Conto: Amanda Luiza - Doce Sangue



     Amélie Vermont estava ansiosamente terminando de pentear seus lindos e delicados cabelos ruivos encaracolados, sua ansiedade e medo estavam cada vez mais visíveis por causa de seus olhos verdes esmeraldas que transpareciam tudo, levantou do pequeno banco que ficava em frente a sua penteadeira e caminhou até o lindo espelho folheado a ouro de seu quarto, olhou seu lindo vestido que fora encomendado com meses de antecedência feito de cetim preto longo com um lindo bordado feito com fios prateados, seu vestido amarrava no pescoço, tudo constatava perfeitamente com sua pele branca como a de uma boneca de porcelana e suas maçãs do rosto eram levemente rosadas, estava com os pensamentos voltados a grande festa que sua família preparou para apresenta–la a sociedade e sucessivamente conheceu um boa partido para se tornar noiva,como aconteceu com sua irmã Juliete, quando foi tirada de seus devaneios pelas batidas na porta, caminhou ate lá, e viu a sua linda mãe, que tinha cabelos ruivos como os seus, Eleonora.

– Vamos filha esta na hora – O sorriso terno de sua mãe transmitia calma e serenidade.
– Claro mãe – Assim saiu a trás de sua mãe.
Chegou ate o começo das escadas.
– Espere aqui – Sua mãe a ordenou e como já havia sido instruída permanecer lá ate ser anunciada.
Amélie ficou alisando seu vestido ate a hora que seu nome foi formalmente anunciado.
– Senhorita Amélie Vermont, filha mais nova de Eleonora e Renan Vermont – A voz masculina que a anuncia.

     Ela descia elegantemente as escadas e todos só tinham olhos para a filha mais nova dos Vermont, os homens lançavam–na olhares de cobiça e luxuria e as mulheres de pura inveja, após ter dançado com vários aristocratas e pretendentes em potencial, no meio das pessoas apareceu um lindo rapaz, seus cabelos eram loiros como o sol, seus olhos eram de um negro profundo que podia ser perder se olhasse por muito tempo, sua face tinha traços infantis e sua pele era tão branca quando a de Amélie.

– Me concedi essa dança bela senhorita? – Ele falou e estendeu a mão para Amélie que estremeceu com o toque frio.
– Claro senhor? –  Amélie fez a pergunta com sutileza.
– Vincent – Ele deu um sorriso que Amélie derreto uso de ver.

     Ele enlaçou a cintura dela e começaram a dançar, assim eles continuaram por varias musicas, quando decidiram ir no jardim da mansão, que era muito bem tratado e cuidado pessoalmente por Eleonora, a lua cheia iluminava o ambiente criando uma atmosfera extremamente romântica, ele estava se aproximando cada vez mais dela.

– Posso? – Perguntou com cautela.
– Claro – Ela falou fechando os olhos

     Então ele começou um beijo calma, tudo em perfeita sincronia e harmonia, parecia que as bocas tinham sido moldadas uma para outra, as mãos dele enlaçavam sua cintura e as mãos dela se penduravam em seu pescoço, eles ficavam cada vez mais colados, quando o beijo terminou, ela já estava ofegante e corada, ele a puxou para perto, e a fez inclinar o pescoço, mostrando o fino pescoço e a sua pele era tão branca que dava para ver sua jugular, primeiro ele se inclinou, e deu um pequeno beijo em seu pescoço.

– Isso não vai doer – Quando ele falou, fincou os caninos em Amélie.

     O sangue dela era o mais doce que ele já havia experimentado em toda a sua existência, e ela sentiu sua vida esvaindo, quando ele terminou o corpo de Amélie estava gélido, sem vida, sem sangue...


Amanda Luiza

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