terça-feira, 18 de novembro de 2014

Poema- Poema de Antônio Carlos Kati de Alencastro - Terra Crioula

TERRA CRIOULA

Quando olho o alto firmamento,
A minh'alma é tomada de tormento
Evocando as epopeias já passadas;
Sinto que me invade a nostalgia,
Ao pensar que desta terra eu sou cria
E pra elevá-la eu não faço nada.


Ou melhor, eu muito batalho,
Mas como tantos, não passo de um frangalho
Que  o silêncio desta terra enlaça.
Quero bradar, expandir a todo mundo,
Esse sentimento tão profundo,
Que sinto por nossa heróica raça.


Os jovens, que contam pouca idade, 
São paridos nas grandes cidades,
No meio de outra cultura;
Enquanto que a saga Farroupilha, 
Vai pouco a pouco tombando na coxilha
E sumindo-se em negra sepultura.


Mas mesmo assim a batalha subsiste, 
E eu juro que em meu peito ainda existe
Um coração de onde brota este meu verso;
Que até a morte resistirá o açoite
Que enegrece o nativismo, como a noite,
Que lentamente absorve o universo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário